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Transformatio

TERAPIA INDIVIDUAL

É uma jornada para dentro de si, em que dou as mãos ao paciente, para que ele empreenda, aprenda e compreenda como é mergulhar no próprio Ser e se reconhecer enquanto indivíduo, enquanto essência e como isso reverbera e se expressa no mundo.

Juliana tem um trabalho sensível, sem fórmulas prontas, mas se adaptando a cada pessoa. Ela também é muito paciente, respeita o tempo e a velocidade com que a pessoa consegue lidar com o próprio processo. Ela é completamente fora da casinha, da caixinha e isso fez com que ela se adaptasse a pessoas muito racionais e duras e claramente isso tornou o processo de transformação muito mais rápido."

A. S., MÉDICA

Por que fazer terapia?
Por: JULIANA NAVARRO

"Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino."

Carl Gustav Jung

Fazer terapia e cuidar da saúde mental é algo que ainda é um tabu muito grande. Por isso, quando alguém traz esse questionamento para mim, sempre busco uma provocação: por que não fazer terapia?

E quando ouço argumentos como “eu não sou maluco”, “eu passei por um monte de coisas e estou aqui, eu sobrevivi”, “não quero ficar falando da minha vida para uma outra pessoa”, “mas eu estou bem, não preciso de nada não” ou ainda, “mas eu sou uma pessoa muito religiosa” vemos o tamanho da distorção sobre o que é o cuidado com a saúde mental. Mais que (sobre)viver, é preciso viver.

Por outro lado, quando se questiona sobre o "fazer terapia" para quem se submete ao processo terapêutico, é comum não só ouvir relatos positivos, mas perceber como as pessoas se tornam mais leves, donas de si, conseguem se perceber no mundo de uma maneira muito mais potente e autêntica.

Estudar, conhecer, sentir, tratar e aprender a lidar com as dores da alma, as emoções não trabalhadas, a potência energética não exercida, os conteúdos inconscientes, os traumas vividos são passos importantes para que a pessoa trilhe um caminho de vida mais consciente de si, se reconhecendo no mundo e dialogando com ele de forma mais segura e, ao mesmo tempo, serena e livre.

A filósofa Lúcia Helena Galvão tem uma frase muito interessante que é “a vida é pedagógica”. Tudo o que vivemos é nada mais que um grande compêndio de aprendizados. Alguns deles são mais difíceis de superar e a ajuda profissional – em qualquer área – é uma ferramenta maravilhosa de auxílio na caminhada individual de cada um.

Espagiria e tratamento alquímico

As fases do processo terapêutico
Por: JULIANA NAVARRO

"A posse do Conhecimento sem ser acompanhada de uma manifestação em Ação é como um amontoamento de metais preciosos, uma coisa vã e tola. O Conhecimento é, como a riqueza, destinado ao Uso. A Lei do Uso é Universal, e aquele que viola esta lei sofre por causa do seu conflito com as forças naturais."

O Caibalion: Três Iniciados

Apesar de totalmente individual, do ponto de vista macro divido o trabalho em três grandes etapas do processo de desenvolvimento e para tal me inspiro na própria transformação que a Alquimia sugere: de transformação do chumbo em ouro, que neste caso, como metáfora, traz a ideia de lapidação interna, de estudo da consciência e ampliação das possibilidades de manejo do que a vida apresenta.


Aqui, proponho uma pequena inversão no caminho exposto por Jung nos estágios alquímicos, para referência à energia psíquica que é trabalhada em cada fase, considerando-se não só ponto de vista dos estudos alquímicos de via úmida, mas também a chamada via seca, sendo os estágios na sequência a seguir: Nigredo, Rubedo e Albedo.

Nigredo é uma palavra do latim que significa escuro e, para a Alquimia, é o primeiro estágio da transformação: aquele em precisamos finalizar ciclos para transformar a energia, em que há o encontro com as sombras, o pesado, o denso, a dor, o sofrimento. É uma fase importante do ciclo vida-morte-vida, pois nessa etapa inicial o paciente revisita tudo o que foi a vida até o momento, as dores, os aborrecimentos, as frustrações, os segredos.

 

É o momento de reconhecer como foi a vida até o momento e deixar morrer o que precisa ser findado. Significa liberar para que, embaixo da terra, encontre força energética  para renascer para uma nova vida, que nada mais é que uma nova percepção de mundo e de si mesmo. A fase do Nigredo é como um carvão que tem potência energética a se queimar, mas que está inerte, parado, escuro, sem luminosidade.

 

Nessa fase do processo psíquico, começamos pela ferida inicial que leva o paciente à busca de tratamento. Em seguida partimos para a primeira assepsia da prima matéria, ou seja, promovemos conjuntamente uma grande limpeza da energia psíquica do Ser.

 

Depois, partimos para o reconhecimento da linhagem e como isso reverbera no que chamamos de Serpentes na Alquimia, que nada mais são do que a herança energética e corpórea que nos é legada por nossos pais, para que as transformemos e equilibremos. Assim, passamos para o trabalho sobre a criança interior e como ela é um arquétipo importante na forma como Ser se percebe e se manifesta no mundo. Por fim, buscamos a integração das serpentes, acordamos o Ser para o processo de se perceber provido de ego, mas também de Eu. É o início do processo claro de individuação.

Albedo nigredo rubedo

Autoria da imagem: Anastasiya Dobrovolskaya

A fase seguinte proposta aqui é do Rubedo, palavra que faz menção ao rubro das brasas. É o momento em que ao carvão vegetal é ateado fogo, elemento que o faz emanar luz e que convida a uma transformação potente, ativa, profunda.

 

Na fase do Rubedo começamos a caminhada nesse relembrar sensível e íntimo do que é o Eu do Ser, o (re)conhecimento das potências que ele guarda. Aqui uso o radical “re” porque nós guardamos dentro de nós todas as chaves que precisamos para viver, mas precisamos relembrar que as temos e reconhecer que sempre estiveram ali, mas agora o Ser tem condições e consciência mais apurada para utilizar.

 

Nessa fase, aprendemos como o inconsciente dialoga com o consciente do indivíduo a todo o momento, passamos a ler o corpo como grande e importante instrumento dessa expressão do inconsciente e investimos energia na conexão com os quatro elementos e como manejá-los em nossas atitudes e nossa vida.

 

Se na fase Nigredo trabalhamos sobre o reconhecimento de nossa energia psíquica, na fase Rubedo vamos aprender a trabalhar com essa energia: como direcionar, limpar, dinamizar, entre tantas outras operações possíveis.

Albedo nigredo rubedo

Por fim, temos a fase Albedo, palavra que significa “branco”. É a fase em que o carvão já virou cinzas, que são um tipo de sal, pois guardam em si a síntese de todos os elementos e substâncias alquímicas. Analogamente, é o estágio em que a estrutura psíquica transcende a matéria.

 

O branco é a referência à luz que contém em si todas as frequências e energias possíveis. É o momento em que o Ser inicia sua Grande Obra, a busca pelo que ele entrega ao mundo, que devolve como ações concretas de sua essência e de legado que ele deixa.

 

O estado de brancura traz leveza, tranquilidade, e uma certeza de que grandes segredos e transformações se apresentarão ao longo da caminhada. É o momento em que o Ser consegue se perceber diante da vida com um olhar muito distinto, abrindo caminhos, reconhecendo os retornos ao estágio de Nigredo e Rubedo para algumas questões com mais clareza e leveza.

 

Neste estágio, o indivíduo se reconhece melhor em relação a si próprio e à forma como interage com o Todo. Ele percebe, diante dos aprendizados que a vida traz que, o que antes aparentava ser uma volta ao mesmo ponto, é – na verdade – uma grande espiral.

 

O ponto nunca foi o mesmo, mas está um degrau acima: o aprendizado é nada mais que a oportunidade de vivenciar outro aspecto daquela mesma energia e enriquecer a consciência. Nesta fase, a tônica do processo terapêutico é a troca: investimos de forma conjunta nos desafios, nas oportunidades de abertura de caminhos, no rompimento de barreiras evolutivas, na importância e unicidade do Ser no Todo, e na construção de um sentimento mais alinhado aos aspectos espirituais e anímicos do Ser.

Alquimia e terapia

Ferramentas

TÉCNICAS TERAPÊUTICAS

"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana. "

Carl Gustav Jung

Logo abaixo você encontra a descrição de algumas das principais técnicas de manejo terapêutico dos quais me valho no tratamento.

 

Clique em cada imagem e venha comigo!

Tratamento alquímico

Perguntas Frequentes

Quanto tempo dura o tratamento terapêutico?

Cada indivíduo possui demandas e características únicas e isso faz com que esse tempo varie conforme a necessidade do paciente e pode durar de alguns meses a alguns anos (podendo intervalos ao longo do processo).

Astrologia oculta

Razões da resistência de algumas pessoas ao processo terapêutico
Por: JULIANA NAVARRO

“Cuide de seu exterior tanto quanto cuida de seu interior, pois tudo é um só”. 

Buda

É curioso pensar como as pessoas têm um direcionamento muito claro para o que é material, mas muito tortuoso sobre o que não é. Quando é preciso construir uma casa, costuma-se pensar direto em um arquiteto e um engenheiro. Quando é necessário abrir uma empresa, busca-se um contador. Quando se nota algo físico no corpo, procura-se um médico. Quando é preciso consertar o carro, a busca é pelo mecânico. Mas quando falamos de desconfortos internos, emoções não trabalhadas, conflitos (internos e externos) constantes, e o que chamo de dores da alma, infelizmente ainda é comum buscar ajuda nos amigos, no livro de autoajuda, na religião, nas dicas dos influencers, ou mesmo nas festas e distrações ao invés de recorrer a uma ajuda profissional.

Entendo que há vários motivos que levaram à distorção sobre a terapia. Um deles é pelo fato de que a mente não é concreta. Como a saúde mental não é algo material, que se vê e se toca de alguma forma, sempre houve um certo “medo” pelo que não é visível ou é desconhecido. E ainda que a humanidade tenha produzido uma riqueza de saber em diferentes áreas de conhecimento, especialmente na filosofia, teosofia, religiões, e que auxilie sobremaneira esse contato com o que é numinoso, com o que é íntimo e bastante particular, o cuidado que se tem com a individualidade e a psique do Ser de forma ampla e técnica é bastante recente.

O outro é histórico, já que algumas práticas relacionadas à saúde mental de um passado muito recente foram bastante controversas e desumanas. Primeiramente, só se notava o aspecto mental das pessoas quando se falava do distúrbio e das doenças, principalmente psiquiátricas. E como as condutas com esse tipo de paciente foram muito severas durante muito tempo (eletrochoques, lobotomia, entre outras), as pessoas cultivaram um medo absurdo diante da possibilidade de ser considerado “louco”. E é muito legítimo esse medo, se visitarmos fatos como as atrocidades conduzidas muitas vezes em hospitais psiquiátricos, por exemplo, quando resgatamos a história de Barbacena-MG, que foi considerada a Auschwitz brasileira. E para isso estou citando somente um exemplo. Felizmente, houve um grande avanço no cuidado e humanização no tratamento desses pacientes, além do trabalho incrível, sensível e impecável dos ativistas da luta antimanicomial, entre os quais destaco e reverencio a médica Nise da Silveira, que inclusive tem uma frase maravilhosa sobre isso: “Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou-lhes fazer um pedido: vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca vivi com pessoas ajuizadas. É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade”.

O terceiro é social. Infelizmente como sociedade ainda somos muito reféns da normatização da vida. Como diria o Professor Hermógenes, sofremos de "normose". Somos ensinados desde muito cedo que precisamos nos encaixar, que precisamos ser úteis na vida, que temos papéis e padrões a cumprir, confundimos as máscaras e rótulos que precisamos vestir com nós mesmos e tudo isso é mantido às custas do medo. O medo de não pertencer, de ficar à margem da sociedade, de ser taxado como louco, de não ser aceito. Aprendemos que é só fazer tudo certinho (afinal, o que é “certinho”?) que não teremos problemas, como se a vida fosse matemática e igual para todos. Claramente, somos julgados e – pior – somos os maiores julgadores de nós mesmos. Assim, percorre-se o caminho rumo à normatização, que nada mais é que ter que se igualar à norma, padronizar, ter que estar sobre um determinado controle, o que é claramente contra o caminho rumo à naturalização e fluidez da vida. Somos uma sociedade que pouco dialoga com o que é natural no que se refere ao cuidado com o corpo, a alimentação, o meio-ambiente e principalmente o autocuidado: o saber se diferenciar no Todo e ainda assim fazer parte dele respeitando a essência do que se é. O espaço não-julgador que a terapia proporciona faz com que aprendemos a ser menos carrascos de nós mesmos.

O quarto é de ordem educativa. De forma geral, não somos ensinados sobre nossas emoções, sobre nosso inconsciente, sobre as nossas sombras, sobre o que é a dor e como ela pode ser transformadora. Não à toa, somos uma sociedade que investe muita energia tratando os sintomas e querendo somente resolver os problemas, mas que não busca resolver as causas. Isso é perceptível quando vemos como é exagerado o processo de medicalização. Afinal de contas, tratar a causa é um processo mais demorado, mais trabalhoso e muitas vezes é difícil. Eliminar sintomas é sempre o caminho mais fácil, no entanto, é pouco efetivo e somente mergulhando nas sombras que realmente resolvemos os problemas. E é importante lembrar que quanto mais sombra, tanto mais luz. Tornar-se consciente é perceber o sentido da vida e para isso, precisamos acordar o nosso sentir, e isso é um processo de coragem, palavra que em sua literalidade significa “agir com o coração”. A maior parte das pessoas está inerte e anestesiada diante do próprio sentir e é justamente de encontro a isso que vai o processo terapêutico, já que o grande objetivo é buscar acordá-lo para a vida. As dores são nada mais que sinalizações do que precisa ser mudado, mas muitas vezes temos dificuldade em ouvir e traduzir em ações, mudanças práticas de atitude.

O quinto é de ordem egóica. Alguns dos mecanismos de defesa que nossa própria mente constrói (negação, justificativa, projeção, entre outros) nos afastam da nossa autorresponsabilidade. Basicamente, é mais fácil responsabilizar os fatores externos, as outras pessoas e as situações do que se apropriar do que realmente compete a nós e em que medida nós precisamos agir e (nos) transformar. Não significa que não haja questões que sejam externas, mas saber compreender o que é nosso e trabalhar sobre essas questões nos torna verdadeiramente donos de nós mesmos. É entender que somos os responsáveis pelo que estamos vivendo e que cabe a nós agir de forma ativa no curso da vida que buscamos. Assim, não transferimos o poder de sermos protagonistas de nossa história para os outros. Quando não se é capaz de lidar com essa autorresponsabilidade, as circunstâncias que precisamos aprender seguem aparecendo em nossas vidas até que não fujamos mais do que é, no fundo, uma grande oportunidade de crescimento.

Para finalizar, todos os motivos anteriores culminam na a questão da valoração. Todas as questões anteriores fazem com que as pessoas atribuam pouco valor ao que é o cuidado mental. E quando coloco isso, não me refiro só à questão do dinheiro, mas também à questão do tempo. O foco do trabalho terapêutico não é no fim, mas no processo, na caminhada, que é profundamente singular, por isso não dá para se determinar um tempo específico, o que tampouco significa que o processo não tenha fim.

 

A autodescoberta é um processo sem fim, mas o processo terapêutico, não. O terapeuta não é o dono do processo, mas o suporte para que o paciente se transforme, assim como – de forma análoga – não precisamos usar muletas a vida inteira, caso torçamos o pé. É necessário utilizar a muleta somente enquanto ocorre o reestabelecimento da saúde, que é o próprio corpo do paciente quem faz – o cuidador está ali para criar condições e ajudar o corpo em seu processo de cura. Caso se torça o pé novamente, pode ser que a muleta seja necessária, pode ser que somente sessões de fisioterapia sejam suficientes, mas neste caso, já é outro momentum e o tratamento se inicia novamente a partir de outro lugar. O argumento “não tenho dinheiro” ou “não tenho tempo” é bastante comum para aqueles que não enxergam valor na entrega que a terapia proporciona, justamente por ser algo intangível. Só se pode valorizar os resultados quando se sente e sentimento não é algo palpável. Como, de forma geral, as pessoas querem garantias de resultados – e que sejam rápidos – não pretendem investir energia (seja tempo ou dinheiro) no “desconhecido” que a terapia lhe reserva.

 

Na verdade, esse desconhecido nada mais é que a oportunidade de investigar o novo, viver experiências com novos olhares, mergulhar nos fascinantes mistérios que a vida nos convida a conhecer, é romper o medo de ser quem se é e descobrir qual a essência que governa as infinitas possibilidades de mutabilidade que a realidade apresenta.

Terapia e alquimia

Para maiores informações sobre o processo de terapia individual da vertente Transformatio, entre em contato.

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