Regressão de Memória e Terapia de Vidas Passadas

A regressão de memória - também chamada de retrocognição - é uma ferramenta muito eficaz de alcance aos conteúdos inconscientes e subconscientes que, muitas vezes, são geradores de grande influência na energia psíquica do Ser.

A regressão de memória é uma fenômeno parapsíquico que pode ocorrer na consciência, de forma espontânea ou induzida. Faz parte de uma área de saber que denominamos Parapsicologia, que se ocupa do estudo de fenômenos que vão para além do que se compreende como normal dentro dos estudos da psicologia (o radical "para" quer dizer "para além de"). Ela engloba os estudos sobre diversos fenômenos psíquicos tais como telepatia, projeção de consciência, precognição, clarividência e demais percepções extransensoriais, mediunidade, EQM, entre outros.

A retrocognição pode acontecer de forma espontânea, o que verificamos através dos sonhos com conteúdo linear ou que acontecem repetidamente, mas também pode ser conduzida com técnicas adequadas. No setting terapêutico, a retrocognição é uma ferramenta importante de investigação de conteúdos subconscientes e inconscientes que podem ser geradores de determinados comportamentos ou distúrbios no indivíduo.

Imagem: "O centro em meio às circunstâncias - o quarto estado da meditação" - Estudos alquímicos - C. G. Jung

O intelecto é importante no mundo tridimensional, mas a intuição o é ainda mais. | Brian Weiss

Como é uma técnica parapsíquica, o acesso se faz às memórias presentes no campo do indivíduo e dos demais campos com os quais ele guarda ressonância. O inconsciente e o subconsciente são atores importantes neste processo e são eles que - de forma inteligente - guiam o paciente para o registro que precisa ser revisitado, seja ele da vida presente (memórias intrauterinas, de infância, adolescência, juventude ou outro momento da vida), seja ele de uma outra vida, de outra alma que ressoa com o registro da alma do Ser em questão, já que compartilham o mesmo espírito.

Como a técnica é aplicada?

O terapeuta conduz o paciente a um estado alterado de consciência através de comandos vocais e técnicas respiratórias para que seja possível a captura do conteúdo psíquico que indica sinais de que precisa vir à tona. Em nenhum momento é utilizado qualquer artifício externo como remédios ou quaisquer outros recursos. O estado alterado de consciência permite que o paciente tenha clareza, lembrança, lucidez e envolvimento no contato com o conteúdo psíquico que se apresenta. É o momento em que é visitada a intersecção entre consciente, inconsciente e subconsciente.

O simples fato de trazer clareza sobre determinada energia psíquica já possibilita colocar luz e significado sobre algum incômodo que o paciente sente, mas que não consegue concretizar mentalmente, gerando angústia e ansiedade. O acesso a outros fragmentos da consciência ajuda a ampliar a visão do Ser e trazer novos pontos de vista sobre uma determinada questão.

Há alguns mitos envolvendo a técnica, por exemplo, quando alguém diz que "tem medo de não voltar da experiência" ou "ficar preso no passado". Ressalto que isso é impossível, já que a alma e consciência encarnadas neste corpo são soberanas no processo. De forma análoga, é como se o corpo fosse o computador e a retrocognição é a técnica que vai permitir abrir alguns arquivos, programas e pastas que estão escondidos no HD e lembrar que eles estão ali, que memórias guardam e como funcionam.

Outro ponto colocado é que a parapsicologia é dita uma pseudociência, dado que muitos dos experimentos que são feitos não se encaixam no método científico e na capacidade de repetição de um determinado fenômeno. Essa não repetição se dá principalmente porque inconsciente e subconsciente são os principais atores deste processo e não estão submetidos às leis da matéria. Como não se encaixam na estrutura do método científico, durante muito tempo não conseguiram comprovação pela via da ciência. No entanto, pesquisas com meta-análise e os próprios avanços da física vêm permitindo avançar nos estudos e comprovação científica da ferramenta. Na prática, é indubitável o resultado obtido nos tratamentos de pacientes, não só pela experiência de consultório, mas pela troca com outros profissionais que também se valem do uso de tal ferramenta e que relatam a mesma efetividade.