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Foto do escritorJuliana Navarro

Práticas Integrativas e Complementares

As chamadas PICs - Práticas Integrativas e Complementares em saúde - são práticas e terapias que atuam de forma complementar aos chamados tratamentos convencionais.


De forma geral, os tratamentos propostos pelas denominadas PICs utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais e ancestrais, tais como as medicinais tradicionais chinesa, japonesa, coreana e indiana, por exemplo.


Durante muito tempo essas práticas foram vistas somente com o olhar "místico, alternativo", mas recentemente são inúmeros os estudos que comprovam a eficácia e eficiência dessas técnicas no tratamento dos indivíduos. Essas evidências científicas também têm mostrado benefícios consideráveis quando há integração entre o tratamento proposto pelas PICS e o tratamento convencional.


Elas podem não só atuar na prevenção de doenças, mas também de forma a complementar o tratamento tradicional, ou seja, são práticas que conseguem encurtar o tempo de tratamento, por atuarem em âmbitos que o viés tradicional não alcança. No caso de doenças crônicas, podem ser usadas como tratamentos paliativos, por exemplo. Todas técnicas consideradas PICs possuem uma visão complexa e sistêmica sobre o indivíduo e não olham somente para o sintoma da doença, mas se preocupam em tratar o Ser. Isso se dá, pois as correntes de estudo e pensamento que as originam são milenares e sempre se ocuparam de tratar a pessoa e não a doença. Assim, se mostram extremamente eficientes também do ponto de vista emocional e energético de cada um.


Especialmente entre os anos 1900 e 1960, período em que houve um crescimento substancial da indústria farmacêutica, houve um processo de tentativa de descredibilizar essas práticas, para que as pessoas recorressem somente aos produtos "modernos e confiáveis" que a indústria poderia entregar. Até hoje há uma priorização do tratamento da doença e de mitigação de sintomas, principalmente através do uso de medicamentos. No entanto, as PICs são milenares e muito anteriores a isso: foi através delas que a humanidade se tratou e se curou durante muitos milênios.


O objetivo não é promover o duelo entre PICs e tratamentos convencionais, e sim buscar caminhar junto, em parceria, com o que há de melhor em cada linha de tratamento: uma não exclui a outra, muito pelo contrário, já que possuem um potencial elevadíssimo quando agregadas.


As PICs são tão importantes que são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que inclusive foi o responsável por cunhar esse termo. Em 2006, o Brasil oficializou a chamada PNPIC: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, após aprovação unânime pelo Conselho Nacional de Saúde. Além disso, as práticas também foram institucionalizadas e incorporadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que hoje oferece de forma integral e gratuita 29 procedimentos de PICs à população.


Especialmente no que diz respeito à atenção primária, as PICs se mostram como um recurso único, fundamental e acessível à população, especialmente em lugares mais remotos e com menos recursos financeiros.


O Brasil é hoje referência mundial na aplicação de práticas integrativas e complementares na atenção básica. Com isso, abre-se o espaço não só para tratar o sintoma, mas principalmente para investir atenção e recursos na prevenção e promoção da saúde, com o objetivo de evitar que as pessoas fiquem doentes. E mesmo nos casos em que a pessoa já esteja enferma, as PICs podem ser usadas para aliviar sintomas e tratar o indivíduo.


Autoria da imagem: Erzebet S.

O planeta não precisa de mais pessoas bem-sucedidas. O planeta precisa desesperadamente de pacificadores, curadores, restauradores, contadores de histórias e amantes de todos os tipos. Precisa de pessoas que vivam bem nos seus lugares. Precisa de pessoas dispostas a aderir à luta para tornar o mundo habitável e humano, e essas qualidades têm pouco a ver com o sucesso tal como nossa cultura o tem definido. | Dalai Lama.


Quais são as PICs?


Há, atualmente, 29 Práticas Integrativas e Complementares oferecidas de forma gratuita por meio do SUS. São elas: apiterapia, aromaterapia, arteterapia, ayurveda, biodança, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, dança circular, geoterapia, hipnoterapia, homeopatia, imposição de mãos, medicina antroposófica, medicina tradicional chinesa - acupuntura, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, ozonioterapia, plantas medicinais, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, terapia de florais, termalismo social / crenoterapia, yoga.

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