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Foto do escritorJuliana Navarro

Espagiria

Preparados espagíricos - também chamados de florais alquímicos, compostos alquímicos e quintessências - são remédios feitos a partir do conhecimento alquímico e possuem um alcance extremamente potente, totalmente natural, assertivo e seguro no cuidado com o Ser.


A espagiria é a área de conhecimento da Alquimia que se vale do estudo e aplicação dos princípios e processos alquímicos na fabricação de remédios. Analogamente, é a fitoterapia que utiliza técnicas da Alquimia para preparar tinturas vegetais e metálicas.


Quando falamos em florais alquímicos, naturalmente as pessoas pensam nos sistema florais que encontramos ao redor do mundo, mas estamos tratando de remédios muito diferenciados e potentes.


São inúmeras as diferenças entre a espagiria e os demais sistemas florais. E isso explica porque os remédios alquímicos têm atuação mais profunda, rápida e individual sobre cada indivíduo. Por isso, se com os demais sistemas florais trabalhamos no nível sutil do Ser, no âmbito da alma, com os remédios alquímicos trabalhamos nos níveis do corpo físico e de contexto, da alma e do espírito. Isso significa que os remédios alquímicos guardam tanto as propriedades físicas quanto as propriedades energéticas das plantas e metais utilizados e consegue atuar desde os níveis mais densos aos mais sutis de consciência.


Isso é conseguido pela forma como são produzidos, prescritos e manipulados. Na produção do floral alquímico, há todo um cuidado desde o plantio dos vegetais, que são plantados em formato de mandalas respeitando o movimento da energia e os princípios de geometria sagrada para conduzir o movimento energético da forma mais organizada possível.


Há toda uma dinâmica quanto ao estudo dos ciclos de plantio e colheita, que leva em conta uma série de fatores como estação do ano, lua, posicionamento dos astros, dentre outros. Quando colhidas, as plantas são trabalhadas no laboratório segundo os processos alquímicos. A partir deles, não só se extrai o princípio ativo, mas também os princípios energéticos da planta, que são potencializados, o que se deve a essa aplicação dos processos alquímicos.


Além disso, diferente dos demais sistemas florais, no caso dos remédios alquímicos também são exploradas as potências dos metais e minerais. O feitio de tinturas metálicas se faz importante, pois é através delas que conseguimos trabalhar sobre a organização psíquica e física simultaneamente, já que são os metais e minerais os grandes catalisadores e condutores da energia das plantas. Outra questão é que uma das sínteses do trabalho alquímico se baseia justamente em um postulado sobre os minerais, que é a tão famosa transmutação do chumbo em ouro.


Solve et coagula et habebis magisterium. | Paracelso

A também famosa frase de Paracelso "separe e coagule e terás o magistério" também mostra o potencial do que se consegue a partir da espagiria. Magistério é a palavra utilizada para fazer referência a uma espécie alquimicamente elevada e estruturada. Ou seja, o feitio dos remédios se dá a partir de uma separação, reorganização da energia presente e a junção dos componentes em sua forma mais potente e organizada.


Outro quesito importante é o fato de que a lei da correspondência - presente na Tábua de Esmeralda no trecho "o que está em cima é como o que está embaixo e o que está embaixo é como o que está em cima" - orienta a análise e correspondência do feitio dos preparados espagíricos a partir das correspondências astrológicas entre plantas e metais com os planetas e signos. Isso aumenta a potência de alcance energético dos remédios e permite que cada preparado seja exclusivo para cada indivíduo respeitando seu momentum de vida, seu mapa natal, sua consciência e essência. Ao considerarmos cada Ser como um universo em si mesmo, conseguimos trabalhar sobre sua grandeza em níveis muito profundos.



A atuação no Ser


Há uma diferença importante entre os florais e compostos alquímicos. Ambos trabalham de maneira complementar, mas têm atuação diferente sobre o indivíduo. Em ambos os casos, o alquimista se vale do campo eletromagnético que envolve tanto os metais e minerais quanto as plantas. Mas no caso das plantas, especificamente, há uma diferença no comportamento do campo a partir do estado da planta. Os florais são feitos a partir das plantas enfloradas e, por isso o campo delas está em expansão. Assim, a frequência energética da planta é análoga à frequência do campo sutil do indivíduo, também chamado de campo áurico.


Por isso, os florais são tomados pela via sublingual, para que a frequência da planta seja absorvida com mais facilidade e alcance o sistema nervoso central que é o lugar do organismo humano onde residem as bocas dos chakras, que são os pontos de conexão do campo e do corpo físico. Além disso, os florais alquímicos também garantem que a energia flua pelos meridianos do corpo físico e promovam o estímulo necessário no campo, devido aos metais e minerais utilizados, que são a via condutora da programação energética, que vai atuar sobre as sinapses do indivíduo. A escolha dos metais e minerais se dá a partir da lógica de correspondência que precisa ser trabalhada e também das dinamizações realizadas em laboratório.


Outra particularidade dos florais é que devem ser administrados em momentos específicos do dia, uma vez que o respeito ao ciclo circadiano funciona, também de forma análoga, às rampas de processo das indústrias, ou seja, conseguimos maior potência na atuação do remédio a partir do comportamento natural da energia no Ser. Além disso, via de regra eles são administrados em ciclos de 28 dias (ciclo lunar), mas isso pode variar conforme a prescrição.


Já os compostos, têm atuação fortemente direcionada ao corpo físico. Isso se dá, pois são feitos a partir de plantas que não estão enfloradas, já que nesse estágio seu campo se encontra em contração. Com isso, a potência energética se direciona com mais foco na sustentação e reorganização do corpo físico do Ser. Por isso os compostos não só atuam sobre as questões físicas, como preparam terreno para que a atuação energética dos florais seja ainda mais potente. Assim como os florais, podem levar metais e minerais em sua composição, a exemplo do silício biodisponível, que organiza a programação do remédio. Podem também ser feitos no formato de encapsulados e, neste caso, a atuação fica ainda mais potente no físico, mas no entanto se perde um pouco do princípio energético. Cada situação e demanda é única e precisa ser avaliada pelo terapeuta.


Por serem remédios que possuem o princípio energético muito vivo, é preciso que sejam mantidos ao abrigo da luz e distante de eletroeletrônicos, dada a alteração de campo que esses aparelhos promovem. Por isso, é importante mantê-los envolvidos em papel alumínio para que este forme uma proteção ao remédio, a exemplo da Gaiola de Faraday.


Florais e compostos alquímicos são, portanto, remédios extremamente potentes e, por isso, conseguimos atuar em aspectos da energia, campo e consciência do Ser que o auxiliam sobremaneira - tanto em eficácia, quanto em efetividade e tempo - em seus processos de autoconhecimento, equilíbrio e evolução.

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