Fitoterapia

A fitoterapia é o estudo das funções terapêuticas de vegetais e plantas medicinais com o objetivo de prevenir e tratar doenças.

É um campo de estudo e de aplicação técnica que se baseia na ideia de que a planta é um ser vivo dotado de energia e compostos ativos que apresentam grande potencial terapêutico quando aplicados no ser humano. Como seres vivos que são, as plantas possuem uma complexidade física e energética muito interessante e, ao produzirem substâncias para seu crescimento e desenvolvimento, elas produzem também esses compostos ativos que atuam sobre as estruturas física e psíquica humanas.

A grande diferença entre os medicamentos alopáticos e os remédios fitoterápicos reside no fato de que no caso do primeiro, os compostos são sintetizados em laboratório e muitas vezes são únicos e isolados e, já no caso do segundo, os remédios guardam a mesma complexidade que a planta possui, então, ainda que possua um ou alguns compostos ativos com maior destaque, há uma grande complexidade nas demais substâncias que compõem a planta.

Desta forma, o alcance sistêmico da planta sobre o organismo se dá de forma diferente, pois o corpo humano carrega essa mesma complexidade, por isso os fitoterápicos costumam gerar menos efeitos colaterais. Além disso, a planta, por ser um ser vivo, possui - além dos princípios ativos - também os princípios energéticos. Neste sentido, o campo eletromagnético de algumas plantas guarda frequências correspondentes a determinadas frequências do campo eletromagnético humano. E isso confere também um alcance distinto no direcionamento do tratamento, pois consegue atuar sobre o âmbito psíquico e sutil do Ser, e, assim, pode atingir não só o sintoma do corpo físico, mas também o fator de desequilíbrio energética do campo que contribui para a somatização física.

Isso não significa que os remédios fitoterápicos sejam melhores ou piores que os medicamentos alopáticos: são somente diferentes e naturais. Cada instrumento tem uma atuação, potencial e importância no tratamento e na saúde humana que, sendo bem utilizados, são muito importantes e eficazes. E, não é porque são naturais que os remédios fitoterápicos não possuam riscos ou contraindicações - mesmo porque algumas plantas também possuem substâncias tóxicas (naturais ou decorrentes de uso de agrotóxicos, por exemplo) e além disso, cada substância tem uma capacidade de atuação diferente sobre cada Ser, por isso é importante a indicação por profissional habilitado.

Autoria da imagem: Adolphe Millot

Inteligência é a capacidade de resolver problemas e as plantas são incrivelmente boas para resolver seus problemas. | Stefano Mancuso

Historicamente, há indícios de que a fitoterapia tenha surgido de forma independente em diferentes povos há milênios. O uso das plantas com fins medicinais é, portanto, um saber ancestral e muito potente. No entanto, é importante pontuar que medicamento fitoterápico é diferente do uso fitoterápico da erva, porque não se vale do uso popular da planta, mas sim de seus extratos, além de serem elaborados por técnicas de farmácia e industrializados.

Aplicação da fitoterapia

A indicação fitoterapêutica é feita, nos tratamentos que conduzo, a partir de um olhar sistêmico sobre o Ser, com foco na questão psíquica que o levou à somatização física. Além disso, busco sempre um diálogo com outros profissionais da saúde (médicos, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros) que conduzem outros tratamentos a que o indivíduo porventura esteja se submetendo. Essa troca possibilita uma atuação conjunta, parceira e multidisciplinar sobre as questões que o indivíduo apresenta.

Há uma série de possibilidades de administração do fitoterápico, sendo os mais comuns a decocção, infusão e as tinturas, e a abrangência do uso das ervas é bastante grande, o que também confere muitos caminhos que podem ser desenhados a partir da necessidade individual de cada pessoa.

A principal diferença entre a fitoterapia e a espagiria (que seria a "fitoterapia alquímica") reside no feitio, potência e atuação sobre o Ser, sendo a espagiria muito mais profunda, ampla, efetiva e mais direcionada à causa quando a comparamos com a fitoterapia, que dá um suporte mais direcionado aos corpos físico e psíquico e atua de forma pontual, leve e mais direcionada ao tratamento do sintoma.